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Você quer migrar para a área de UX Design?



Pensar em mudar de carreira é extremamente normal, porém pode ser assustador. Migrar de carreira não é um bicho de sete cabeças, mas às vezes parece! Isso porque algumas pessoas ainda acreditam em alguns mitos sobre mudar de carreira como tais como se mudarem de cargo, irão desperdiçar tudo que aprenderam e que algumas áreas são incompatíveis e terão que começar do zero. Ou porque têm medo de serem vistos como confusos e perderem oportunidades de crescimento na carreira. 



Essas são algumas perguntas que ficam martelando  na mente de alguém quer mudar de áreana mente de alguém quer mudar de área: 

“Não conheço ninguém para me ajudar”

Esses são só alguns dos pensamentos que surgem quando decidimos iniciar a transição de carreira. Se assim como outros jovens, você também já se fez alguma desses questionamentos, saiba que eles também me acompanharam por algum tempo da minha vida, principalmente no início da minha carreira.

Muitas dúvidas em mente e poucas certezas. Quase sempre a ideia que surge é que parece impossível fazer a transição de carreira, e uma certa insegurança em deixar para trás os conhecimentos e todo esforço feito antes, e assim permanecemos sem uma direção clara de como sair do lugar.

Comigo não foi diferente! Aos 25 anos resolvi encarar minha vida de frente e dar esse passo que há tempos eu vinha postergando. Deixei a carreira como Bibliotecária e ingressei na área da Experiência do Usuário, me tornando UX Designer na Preparo Jr. (Designer de Experiência do Usuário). 

É preciso ter uma dose extra de coragem e loucura (no bom sentido) para encarar todos os medos e seguir para alcançar aquilo que almejamos.

Conforme o tempo passa, a vida nos leva para diversos caminhos, de acordo com as escolhas que fazemos. Alguns deles a gente percorre e ama, outros nem tanto.

Sempre gostei de tecnologia e design, mas ao chegar me deparar com a decisão de entrar para faculdade e escolher um curso,  acabei seguindo outros caminhos.  Entrei para a faculdade Biblioteconomia pela nota de corte ser menor (para quem não conhece, a biblioteconomia é responsável pela organização, disseminação e recuperação de informações - de forma bem resumida). 


Permaneci no curso de Biblioteconomia porque na época eu não sabia que conseguiria entrar em outro curso (mesmo fora da lista regular) e como já havia começado, continuei fazendo. Mesmo querendo fazer outra coisa, pensava: "ah, mas vou largar tudo?" . Por isso digo que eu demorei a migrar de área por conta desses pensamentos intrusos.  Ou seja, sei bem quais as dificuldade pra largar tudo e "começar do zero". Mesmo esse zero não sendo realmente um zero, eu não conseguia enxergar como eu poderia fazer diferente naquele momento.



Me formei e atuei em bibliotecas, mas ainda não era necessariamente o que eu queria para o meu futuro. Por isso, resolvi analisar um pouco minha vida e resgatar algumas coisas. Pensei: “por que não design?”

Comecei me aventurando na área do design gráfico, até iniciei um tecnólogo na área! Foi foi ali que fui descobrindo mais sobre o universo de UX Design e foi amor à primeira vista, mesmo (risos).

Depois disso, decidi mudar de novo. Troquei o as atividades mais gráficas  para me dedicar verdadeiramente ao UX. Não vou negar, era muita informação, muita coisa nova para aprender, muitos caminhos dentro da própria área de UX design desde x até z. E em pouco tempo depois, passei a me  sentir “sobrecarregada” com tantas informações.

Logo pensei em uma solução. Até porque era isso ou deixar de lado o que eu realmente queria para minha carreira. Comecei a pensar em como poderia ser mais ágil em aprender e aquele ditado sobre “conhecimento é a única coisa que não perdemos” fez toda diferença para mim. Utilizei meus conhecimentos em Biblioteconomia para me ajudar a organizar as informações que eu estava buscando (quem seria melhor que um bibliotecário para fazer isso não é mesmo?!) e iniciei meus estudos sozinha. 

Porém, como as informações sempre estão em locais distintos (Youtube, blogs, Medium, cursos em diversas plataformas, etc.) isso estava tomando mais tempo do que eu gostaria e poderia investir para começar a fazer algo. 



Foi então que comecei a pesquisar os melhores cursos (e que coubessem no meu bolso), alguns eram gratuitos e outros não. Selecionei a dedo os que iria pagar, depois de saber detalhadamente como a grade do curso e os mentores iriam agregar ao que eu precisava. 

E foi aí que tudo fluiu de forma mais linear, porque encontrei uma estrutura de estudo, organizada para destravar os próximos níveis como UX designer. 


Comece a sua jornada com o que está ao seu alcance

Com essa experiência autodidata, posso afirmar para você que existem quatro lições que gostaria muito de ter aprendido antes. Eu comecei com o que tinha e sabia. Sugiro que você reflita sobre elas na hora de migrar para a área de UX Design: 

Vou ser mais específica e detalhar cada um desses pontos, para ajudar você a entender melhor como eles se relacionam com o seu objetivo de migrar para UX design. Vamos lá!





Vamos adotar como premissa de vida, “todo background é válido”. Ou seja, de forma prática, background é tudo o que você aprendeu e que pode ser usado em algo na sua vida.

A área de UX é multidisciplinar, não é à toa que profissionais de diferentes áreas conseguem migrar, não existe uma área “ideal” para você possuir background.

Vejamos algumas habilidades interpessoais que os Designers de Experiência do Usuário precisam ter! Tenho certeza que ao menos uma ou duas dessas você deve possuir:



Agora vou contar um segredo para você. As soft skills são habilidades mais difíceis de conseguir desenvolver em um curto espaço de tempo. Diferentemente das hards skills, (habilidades técnicas) que você consegue aprender em trilhas de estudo, algumas horas de dedicação e prática. Ambas são treináveis, mas caso você já possua um certo grau de conhecimento sobre o seu perfil profissional, você estará alguns muitos passos a frente para se desenvolver ainda mais!

Como estava dizendo, o meu background de Biblioteconomia e de Design gráfico. Mas você pode usar o seu de Publicidade, Direito, Engenharia, Psicologia…. enfim, todos eles são válidos.

Ter uma rede de contatos ativa é tudo! Uma boa rede é espetacular para o seu crescimento e trocas. É importante que as pessoas saibam quem você é como pessoa e como profissional, que conheçam sua trajetória, seu background e seus passos atuais. Dessa forma, você fica no “radar” dessas pessoas e geralmente oportunidades ou novas conexões surgem da sua rede de contatos.

O básico que funciona: mantenha seu Linkedin ativo, busque as oportunidades na plataforma da Preparo e atualize suas experiências - você sabia que agora pode incluir uma experiência acadêmica? Agora no seu perfil na Preparo, suas experiências vão ficar em destaque e os recrutadores que identificarem isso, podem ver em você um talento para essa área. 

Lifelong Learning - O estudo nunca chega ao fim 



Não pense que após estudar alguns meses sobre UX Design que seu estudo terá fim. Seus estudos NUNCA devem parar, sempre surge alguma tendência, atualização, mudança de paradigma na sociedade, e para se tornar um verdadeiro especialista em  boas práticas de experiências de usuário, precisa estar sempre atualizado.

Para esses estudos, sempre escolha bons materiais. Se for um curso, conheça as propostas, o estilo de aulas e a ementa do curso. Pesquise sobre  recomendações do curso para assim decidir se irá ou não fazê-lo, existem muitos materiais desatualizados ou fantasiosos sobre a área.

Uma sugestão que posso dar a você é acompanhar as  avaliações dos cursos com base na resposta dos alunos em um espaço disponibilizado pela comunidade do Vagas UX.



Leituras também são fundamentais! Vou deixar aqui algumas indicações de livros que me ajudaram e que serão muito válidas para ajudar você nessa decisão de migrar para o universo de UX design.

Introdução e boas práticas em UX Design, do Fabricio Teixeira;

Sprint: o método usado no Google para testar e aplicar novas ideias em apenas cinco dias, do Jake Knapp.

Lembre sempre de documentar seus estudos, criar um repositório seu de fácil acesso para sempre relembrar os assuntos e também para mostrar seus avanços nos estudos. Uma forma de ser visto, colocando os seus aprendizados e experiências no seu perfil ou contribuindo com comunidades de carreira no Linkedin.

Essa é a dica de ouro: um mentor pode acelerar seu processo de migrar de área muito mais do que você imagina!.

Um mentor poderá auxiliar você no caminho dos estudos, te ajudar a identificar quais habilidades o mercado está pedindo agora e como você pode aprimorá-las. Além disso o mentor já trilhou o caminho, por isso ele tem know-how para orientar o seu “caminho das pedras” e para dar aqueles “macetes” que você não encontra em qualquer lugar.

Encontrei o meu mentor quando estava na transição (esse mesmo mentor é hoje o meu Líder aqui na Preparo). Foi nessa primeira experiência como mentorada que deixei o meu medo de falar com profissionais mais sêniores de lado, entrei em contato com ele para pedir umas dicas, mostrar meus avanços e saber o que deveria fazer para conseguir entrar de vez no mercado. 

Para minha surpresa ele topou me guiar! Conforme reuníamos, eu tirava dúvidas sobre como ter melhorias no que eu estava fazendo e ele me mostrava coisas que eu nem imaginava como tirar do papel. Isso foi o que me motivou e eu sentia que estava avançando. Não via a hora de colocar tudo em prática em um novo projeto, esse era o maior desafio. 


À partir desses avanços que ele me convidou para assumir o cargo de UX design Jr., no time de produto da Preparo e onde atuo hoje, inclusive na construção e melhorias na plataforma 🤩  Portanto, acredite: um mentor poderá te guiar e até mesmo poderá ser a ponte para o seu futuro na área.

Tudo bem se você ainda não conhece alguma pessoa disposta a te mentorar.  No PreparoEdu, temos o programa de orientação com mentorias em carreira, o PrepMentors. As mentorias vão ajudar você a entender os passos para decolar a sua carreira com um plano de ação. Além de poder contar com alguém mais experiente para direcionar seus esforços, independente da sua área de atuação!

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Como migrar de carreira

Transição para a Carreira de UX Design